domingo, 14 de junho de 2009

Capítulo 1 – 9 | Morte: Passado. Presente e Futuro

O som da chuva ficava cada vez mais longe, não sentia mais meus ferimentos, apenas ouvia vozes distantes com a visão ficando cada vez mais escuro e cinza…

–Agora, veja oque eu preparei para você… – Alguém dizia ao fundo, parecia ser Cornelius, estava ficando distante – Você ainda não vai morrer, antes disso, vai agonizar cada segundo….

Num estalar de dedos, a figura sombria agora com sua velha mascara de ferro em minha frente estalava os dedos, e no mesmo instante outra figura com capa se materializou do meu lado, não havia notado ela ali pois já estava ajoelhado e arqueando no chão.

Quando ele passou por mim, vi que arrastava um corpo, parecia familiar mas a visão continuava turva…

–Reconhece Seu amigo? – indagou Cornelius apontando para a figura de capa, que no mesmo instante tirou seu capuz e mostrou sua face – Agora deve ficar mais fácil…

– G-Geedwin?! – O meu antigo companheiro de guerra que foi dado como morto a muitos anos estava bem ali na minha frente! E com a marca da maldição em seu rosto, a mesma que havia me acompanhado durante anos –Impossível! Eu vi você levando a estocada em seu peito! Você morreu em meus braços!!

– E quem disse que não morri…? – Disse levantando sua capa e deixando a mostra aparte frontal de seu abdômen, revelando uma cicatriz semi-aberta, com pedaços de metal e pregos juntando as duas partes necrosadas de seu corpo, era uma visão horrenda…

– A maldição manteve sua alma fixada em seu corpo, apesar de avariado, e tudo graças a você Edward, o incompetente que não se importa com seus soldados… – Ele disse estalando os dedos novamente – Geedwin, mostre a ele como você quer retribuir o grande afeto de Edward por seus companheiros…

– Sim, mestre… – Ele caminhou até a borda da plataforma, a chuva era intensa e não me deixava ver direito, o sangue saia ininterruptamente de meu ferimento, fui me sentindo cada vez mais fraco, até me deitar no chão.

– K-Kurt……..n-não….– eu tentava gritar mas a voz simplesmente se recusava a sair, não importava o quanto eu mexesse meu corpo, ele não se movia um centímetro. Ao ver Geedwin segurar Kurt pela perna, balançando-o perigosamente na borda da plataforma, o ar parou de entrar em meus pulmões, estava morrendo e não podia fazer nada por Kurt…Eu falhei…Me desculpe, irmão…

---------------------------------------------------

Enquanto subia rapidamente pela lateral do flutuante, vi um vulto descer em alta velocidade, quando ele passou por mim ,vi por um milésimo de segundo, Kurt. Meu sangue parou quando o vi mergulhando nas nuvens.

– S-Será que era mesmo ele? – tomara que meus olhos tenham me enganado, a luta com a estatua me cansou, poderia ser isso, mas tinha que continuar, Edward precisava da minha ajuda, afinal eu sou o mercenário aqui.

---------------------------------------------------

O Bastardo se esquivava com maestria de minhas laminas, mesmo eu estando com 3 adagas em cada mão, entre os dedos, o bastardo desviava de todas as investidas girando pelo salão.

– Maldito menestrel, pare de dançar e lute! – alem de ter me separado de Edward, ele não parava de pular e girar, me deixando profundamente nervoso…

Por um segundo ele parou no lado oposto ao meu e sacou uma espécie de instrumento de cordas feito de metal, lembrava um machado deitado
– Foi você quem pediu… – Disse e dedilhou o instrumento, a ultima coisa que esperava em um combate.

Quando me dei conta não estava mais na torre, nem no continente do fogo, pois estava afundando em um poço de larvas do deserto, e por mais que eu gritasse eu estava em um buraco fundo, foi tão rápido que não pude nem pensar em fazer algo!

– Edward….mate ele por mim…

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ajude-me a tornar esta caixa de contos mais bizarra, comente!