terça-feira, 21 de abril de 2009

Capítulo 1 - 1 | Uma Pequena Amostra

Chovia, as rajadas de vento ásperas vinham como grandes paredes de todas as direções, o vento soprava nervoso como em um furacão, batidas frenéticas de metal contra metal se sobressaiam no cenário cinzento. Como se cada movimento fosse o ultimo de suas vidas, duas almas se enfrentavam ferozmente empunhando suas armas com a certeza da vitoria em seus olhos.

Um dos lutadores tinha um olhar voraz mas ao mesmo tempo vazio, buscando mais e mais poder,o ser parecia respirar com um ar superior, poderoso, seus movimentos precisos e calculados eram constantes naquele tilintar infinito, seus traços mortos misturavam de forma inexplicável a insanidade e a seriedade de alguém que sabe o que quer e como conseguir, vestia roupas lúgubres, negras como a noite. Seu oponente possuía traços faciais muito semelhantes porem fisicamente distintos em todo o resto, o olhar era determinado e transbordava sentimento, lutava por um ideal, com a garra de quem luta pelo ser amado, ficava na defensiva e esperava por uma chance para contra-atacar, vestia trajes longos e ternos, com um tom prateado, brilhante como seu olhar.

Depois de incontáveis minutos de batalha foi declarado um cessar fogo mutuo, e tomando fôlego para mais os dois continuaram se atacando com o olhar:

-Já faz muito tempo...irmãozinho, e você ficou bem mais forte, pena ainda não ser páreo para mim- dizia o ser maligno rodeando sua presa e apontando firmemente a espada para o oponente meio caído.

-Eu...não sou...seu irmãozinho - dizia ofegante com um dos joelhos apoiados no chão molhado, rodeado por uma poça de sangue - a única coisa que possuímos em comum é o sangue que corre as nossas veias, mas não por muito tempo! -e se levantou com firmeza apesar de ferido e apontou a espada para o oponente.

-Tolice, irmãozinho, tolice. Deixe-me mostrar o que uma alma realmente forte pode fazer.

O olhar do oponente brilhou denovo - Alma? eu não vejo alma em um demônio como você!! -e sua espada se precipitou ferozmente contra o inimigo.

Quando a batalha parecia ter recomeçado o tilintar macabro foi abafado pela chuva que começara a acalmar, como num gesto de pena pelo trágico destino de um dos lutadores, que sucumbira de forma brutal a lamina do outro. Fora perfurado no estomago e estava curvado de dor, com olhar incrédulo por não ter compreendido o porque daquilo, e a calmaria sessou denovo pela voz fria de seu oponente:

-Tolice irmãozinho, tolice. - disse apertando a lamina contra o abdômen do inimigo com a satisfação lhe transbordando aos poros- isso separa os fortes dos fracos.

Subitamente ele arrancou a espada do abdômen de um homem vencido e saiu calmamente com o sangue pingando de sua empunhadura, caminhando satisfeito e gargalhando, deixando seu oponente agonizando. Ajoelhado, viu seu próprio sangue fugindo de seu corpo, ainda não entendera o porque de ter dado tão errado, e foi assim que padeceu ali mesmo em meio ao vento, a chuva, e a uma mente fria que agora se fazia completa, com um oponente a menos -Agora ao próximo…

4 comentários:

  1. Cace--cilda! Esse tá fodão! *o*
    Atenção pros errinhos de digitação, tio Luchi >_<

    Mas tá dos bão! ^-^v

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  2. ... vestia roupas ugubres, negras como a noite . Não
    sei porque mas me lembrei de um certo ser. rs (?

    Muito bom Luchi , tá phoda *--*

    By: Nick

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  3. Aaaaa... ADOREI!
    Você escreve muito bem viu Sr.Luchi!
    Você precisa, por favor, me dar umas dicas!
    Parabens!

    Bj.

    By: Reh.

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